Conceitos sobre condução.

Mergulho.

Na dominação Psicológica é fundamental que o Dom seja capaz de mergulhar na natureza de sua sub, conhecer o seu núcleo, aquilo que serve de base tanto pra mulher quanto pra sub.

Não só deve ser capaz, mas como deve empreender esforços sempre pra "penetrar" o que há de mais secreto na sub.

Quanto mais hábil for, e quanto mais informações colher, mais produtiva será a relação.


Sutilezas.

A relação de Dominação Psicológica é fortemente feita de sutilezas, movimentos suaves, objetivos e pensados que buscam um fim.

Mas feito de maneira nem sempre clara de início, cabendo a sub confiar, é como caminhar numa mata fechada, em algum momento vc chega a uma clareira ou mirante, e cabe ao Dom te conduzir até lá.

Sutilezas são uma constante, o que torna a viagem mais estimulante, mesmo que, eventualmente, cause medo, mas como eu já disse, medo é parte integrante da sub.


Manipulação.

A palavra manipulação tem dois contextos possíveis, é preciso cuidado ao usá-la, mas é fundamental entendê-la.

Se vc busca um fim, se têm objetivos e uma sub pra conduzir, vc usa de artimanhas para conseguir, com sutileza e movimentos pensados, vc vai abrindo caminho, manipulando ora o ambiente, ora a própria sub, até que ela finalmente se dê conta de sua capacidade, de seu sucesso.

Esta manipulação positiva jamais ignora o consensual, desrespeita seus limites, ameaça sua saúde ou te coloca em risco.

Os ganhos não são aos solavancos, vc cresce, evolui, aumenta seus limites (ou descobre que eles eram maiores do que vc pensava), mas de maneira suave e bem conduzida.

Neste caso, ambos ganham, pq estão dentro dos pressupostos da relação.

No entanto, a manipulação que visa o benefício exclusivo do "Dom" é ruim, pode machucar, deixar marcas.

A sub só atinge a plenitude dentro da relação com o tempo, quando poderá finalmente confiar em seu Dom, se entregar cegamente. Mas antes disto deve se utilizar de todos os recursos de comunicação (obrigatórios na DP) para se assegurar que a relação é consistente e séria.

A sub pode, a qualquer tempo, sair de uma relação onde ela não tenha ganho, que fuja de seus objetivos, que haja mentira, manipulação ruim, descompromisso, descuido. Diante de um Dom que ignora os preceitos BDSM, não deve pensar duas vezes, até pq deixou de ser BDSM.


Castigos.

Considerando as sutilezas da relação, podemos considerar que a Dominação Psicológica se assemelha a um jogo, conforme se desenvolve se atinge objetivos imediatos e se aproxima dos de médio e longo prazo.

Os castigos numa relação bem conduzida, onde os dois funcionam por química perdem o contexto tradicional e passam a compor ferramentas de aprendizado.

Tanto a sub quanto o Dom passam a induzir, sugestionar os castigos se utilizando de sutilezas.

Evidentemente cabe ao Dom perceber todos os movimentos e, tb com sutileza, considerando que é um jogo, mover suas peças, afinal, deixar de castigar algumas vezes por si só é um castigo.

Creio que os castigos efetivos, necessários são raros numa relação equilibrada, não vejo como útil forçar a sub a cometer erros para poder utilizar meu arsenal de castigos.

Claro, numa relação com forte influência sado, isto é padrão, é usual e até desejável.

Ma um Dom, diante de uma situação onde o castigo se faz necessário, não deve recuar, aplicando com justiça aquilo que considera proporcional ao erro, à falha.

Comentários

Louize disse…
É tão bonito ver como o Senhor trata estes assuntos, e me dá tanta segurança ao saber que sou Sua.

Beijos,
Sua Louize.

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